terça-feira, 26 de novembro de 2013

Luta em Borba pelo Serviço de Finanças


Intervenção Representante da Comissão Utentes Borba


Boa tarde a todos,

A Comissão de utentes dos Serviços Públicos de Borba saúda todos os que aqui estão nesta ação de luta e protesto, bem como saudamos também o Movimento de serviços públicos do Distrito de Évora que tem lutado contra o atentado á qualidade de vida das nossas populações e que mais uma vez está presente nas ações de protesto em Borba.

Estamos aqui hoje para manifestar a nossa preocupação e descontentamento por mais uma tentativa de encerramento de um serviço público no Concelho de Borba e se me permitem eu gostaria de começar por dizer que a comissão de utentes de Borba luta pela dignificação das condições de vida da nossa população e dos serviços prestados a todos os Borbenses, independentemente de ser na defesa da saúde, da educação, do poder local democrático ou de qualquer outra área, e desta vez passa pela defesa do Serviço de finanças no nosso Concelho.



Tal como foi anunciado, em relação à reorganização dos serviços de finanças, está previsto das 14 repartições de finanças do Distrito de Évora, encerrarem 11 (Alandroal, Arraiolos, Borba, Mora, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vila Viçosa, Vendas Novas e Viana do Alentejo), ficando apenas abertas 3 (Estremoz, Évora e Montemor-o-Novo).  

Por esse motivo este Comissão de utentes decidiu marcar esta Concentração, frente à Repartição de finanças em Borba, pois temos de Lutar contra a imposição de retrocessos nos direitos alcançados com a Revolução de Abril.

A Comissão de utentes defende a proximidade dos serviços públicos às populações que deles carecem e a sua respetiva qualidade, o encerramento deste Serviço em Borba terá um impacto negativo no concelho, dificultando o acesso a mais um serviço público, provocando aos Borbenses a sua deslocação até aos Concelhos mais próximos que disponham deste serviço. Estamos todos conscientes de que a justificação do governo para o encerramento dos serviços de finanças, é absurdo pois sabemos que a questão da informatização é apenas para uma parte da população, não venham dizer que a Internet resolve tudo, porque não é verdade, sobretudo em regiões, como o Alentejo, onde há muitos extratos da população sem acesso à Internet e que não está familiarizada com as novas tecnologias

A população vive um dramático agravamento das condições de vida, o desemprego e a precariedade atingem taxas nunca antes vistas desde o 25 de Abril, aumenta a miséria, as desigualdades e as injustiças sociais. O aparelho produtivo nacional continua a ser destruído, verifica-se uma profunda recessão económica e Portugal vê comprometido o seu presente e futuro. Em Borba se o encerramento do serviço de finanças se vier a concretizar, o mesmo, vem comprometer ainda mais o desenvolvimento económico no Concelho, trará dificuldades às empresas que estão sediadas no Concelho colocando uma barreira de impedimento aquelas que possam vir a manifestar interesse em fixar-se cá.      

Todos os dias os cidadãos portugueses são confrontados com medidas que lhes aumentam o custo de vida e retiram direitos. Em Borba, estamos todos juntos e unidos, e quando falamos em todos juntos é de realçar o papel importante e a força da população.

Sabemos do compromisso assumido pelo PS, PSD e CDS, no âmbito do Memorando da Troica, de redução do número de serviços locais de finanças, assim como de outros serviços prestados pelo Estado, com o objetivo de transferir para os grupos económicos importantes e rentáveis áreas na prestação de serviços públicos à custa do condicionamento ou mesmo da exclusão do acesso das populações a esses serviços e por isso mesmo hoje estamos aqui para dizer que o Comissão de utentes continuará, ao lado dos trabalhadores e das populações, na luta em defesa dos serviços públicos, pelo reforço dos meios humanos e materiais desses serviços, como elemento essencial à concretização dos direitos das populações e ao desenvolvimento do país e do Concelho.

Mais uma vez quero agradecer em nome do Movimento a presença de todos os presentes e também aos que por motivos pessoais e profissionais não poderem estar.

Face ao que referimos, afirmamos que não vamos parar, pois a luta tem de continuar em defesa do Serviço de Finanças de Borba, dessa forma o Comissão vai solicitar reuniões com caracter de urgência à Câmara Municipal, ao Diretor Geral dos Impostos, ao Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e aos grupos Parlamentares com assento na Assembleia da Republica, para levarmos as preocupações da população e as razões de tal injustiça se o encerramento deste serviço se vier a verificar.

A Comissão apela a que a população esteja alerta, pois comprometemo-nos informar as pessoas dos passos que vamos dar nesta luta em defesa de mais um serviço publico e se for necessário realizar outro tipo de ação ou iniciativa, contamos com todos, para que unidos consigamos mais uma vitória da população de Borba.

Vamos lutar e não deixar a população do concelho privada de um serviço público de proximidade e colocando também em causa os postos de trabalho dos trabalhadores das finanças.

Vamos lutar para que o encerramento deste serviço não se transforme numa realidade…

Agradecemos a presença de todos porque a união da população é fundamental na luta, pelos direitos que temos como cidadãos portugueses.

Vamos continuar a dizer não, ao Encerramento da Repartição de Finanças

Em Borba!

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